O banco Itaú informou na segunda-feira, 03/02, que foi autuado pela Receita Federal na semana passada por uma dívida de R$ 18,7 bilhões referentes a impostos que não foram pagos por conta da fusão com o Unibanco, em 2008. A cobrança se deve à operação contábil da fusão e, segundo o próprio banco, a Receita aplicou uma multa de R$ 11,845 bilhões, relativo ao Imposto de Renda, e R$ 6,8 bilhões em Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, acrescidos de multa e juros.
No comunicado, o Itaú informa que vai recorrer junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e que considera remoto o risco de perda na cobrança. O banco ressalta ainda que a fusão feita em 2008 foi aprovada pelos acionistas das instituições e sancionada, posteriormente, pelas autoridades competentes.
Os representantes do banco que foram ao Fórum de Davos, na Suíça, falaram que as contas do governo brasileiro eram frágeis. Agora, de volta ao Brasil, os banqueiros não cumprem sua parte e não querem quitar o que devem à Receita Federal. Dados divulgados por economistas dão conta que, desde a operação Unibanco, o Itaú acumula lucros que superam R$ 62 bilhões.
O Itaú alega, conforme a nota divulgada no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que as operações realizadas em 2008 foram legítimas, “no estrito cumprimento dos requisitos normativos, e que continuará tomando todas as medidas necessárias à defesa de seus interesses e de seus acionistas". Ou seja, mesmo nadando em dinheiro, os banqueiros do Itaú projetam um bilionário calote na Receita Federal.
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